segunda-feira, 15 de março de 2010

Cantinho musical 2

Depois de um fim-de-semana onde a música foi companheira fiel e ainda com muita cantoria à mistura, há uma em particular que me ficou em mente e que partilho com a restante comunidade:

Sting - Shape of my heart

He deals the cards as a meditation
And those he plays never suspect
He doesn't play for the money he wins
He doesn't play for respect

He deals the cards to find the answer
The sacred geometry of chance
The hidden law of a probable outcome
The numbers lead a dance

I know that the spades are swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart

He may play the jack of diamonds
He may lay the queen of spades
He may conceal a king in his hand
While the memory of it fades

I know that the spades are swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart

And if I told you that I loved you
You'd maybe think there's something wrong
I'm not a man of too many faces
The mask I wear is one

Those who speak know nothing
And find out to their cost
Like those who curse their luck in too many places
And those who fear are lost

I know that the spades are swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that's not the shape of my heart.



Não se esqueçam de partilhar também as vossas companheiras (salvo seja!) com a gente!

quinta-feira, 11 de março de 2010

A coragem de desistir.

Este título parece conduzir a nossa linha de raciocínio num caminho irónico: numa altura em que tudo e todos usam e abusam de lemas que nos encorajam desde o simples consumismo, passando pela independência da nicotina ou ainda fins mais audazes como a coragem para enfrentar crises e bichos-papões, vem aqui um indivíduo num canto meio escondido da interner contrariar toda uma sociedade. Bem não é de todo essa a minha intenção.
A palavra deveria ser banida do nosso inconsciente. Assim nem daria a tentação de optar por algo aparentemente mais fácil de concretizar. As consequências de seguir pelo cómodo não são as mais desejadas a longo prazo. De qualquer forma o pensamento tende a avaliar o imediato e consequentemente o nível de prazer que possamos atingir.
Pessoalmente sigo o caminho contrário. Desistir é um acto inglório e ter que "engolir sapos" não faz parte da minha ementa. Ou seja, o caminho faz-se com o coração e tácticamente só sei avançar no campo. Treinadores mais evoluídos poderiam perder uma batalha para conseguirem ganhar a guerra. Não consigo discernir a esse ponto: a guerra ganha-se vencendo todas as batalhas. Filosofia com muitos contras.
Há situações que um passo atrás poderá com um esforço extra, significar dois passos em frente. A sabedoria popular e a experiência de algumas pessoas assim o ditam. Considero que essas pessoas são corajosas: desistir de uma vida académica por uma indecisão momentanea, desistir de amar alguém só porque esse alguém não nos olha da mesma forma, desistir de um amigo só porque nos pregou uma partida... Desistir de viver porque a vida nos fez tropeçar.
Gostaria de aprender a desistir, tranquilizar a minha consciência e superar a dor do meu ego. Ou então aprender a confiar na Esperança. Aprender a que tudo virá a seu tempo ainda que a ansiedade de ter o que não tenho seja forte e resistente. Aliviar a carga ou ombros fortes? Cada um que faça o seu juízo.

Como sempre não termino sem uma banda sonora. Aí fica a faixa que me acompanha este pensamento: