terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Divagar pelo Ano Novo

Após algum tempo sem pisar em solo sagrado, cá estou de volta. Qual filho pródigo...  Ainda a esclarecer que esta ausência só é explicável pela falta de sentido de oportunidade. Uma tecnologia a desenvolver por algum engenheiro deveria ser um escrever remoto por telepatia. Seria estupendo.

Primeira postagem deste ano. Talvez possa mesmo ser uma ocasião única visto que o primeiro é mesmo o primeiro.

"Novo ano, vida nova" já diz a sabedoria popular. De qualquer forma espero que assim não seja. Os gatos têm sete vidas mas eu prefiro não arriscar a única que (até ver) tenho. Resumindo, prefiro mesmo ficar com a vida que já tinha o ano passado. E vida no seu sentido mais lato. No entanto era bem capaz de lhe mudar umas quantas coisitas: começar pelo tempo que se faz sentir por estas bandas, alargar a banda horária diária para umas, deixa cá ver, para umas 30/35 horas (especificando 8 horas de trabalho e o resto para aplicar no bem-estar, não vá o Sindicato penhorar-me as restantes horas a mim) e para finalizar uns ajustes monetários no saldo da minha conta bancária não viriam em má hora.
Depois de uma leitura atenta e muito interessada ao que os cientistas dos Astros falam sobro o que dizem ser o meu signo, é bastante revelador toda uma panóplia de relatos sobre como irá ser o meu ano: poderei contar com um ano composto por 365 dias, todos eles com muito trabalho pela frente. No amor terei sorte e azar, dependendo da hora do dia e do nível de glícerideos no sangue. A saúde estar-me-á assegurada pelo SNS, isto se pagar as taxas moderadoras. Resumindo, tenho que continuar a fazer pela vida.

Assunto mais sério é, sem sombra de dúvida, a palhaçada politica que se avizinha: tentar convencer os portugueses (desempregados inclusivé) de que a crise já passou. Ou talvez convencer os desempregados que isso é apenas um estado de espírito e, desse modo, não entrar para as estatísticas oficiais. Numeros somados (ou subtraídos, dependendo do tal estado de espiríto), o que interessa é o futebol para entreter a malta já dizia o mui saudoso Salazar.

Outra estatística impressionante, segundo estudos de alguém relacionado com a UFP (Universidade Fernando Pessoa) é que nos andamos a rir menos e com menos qualidade. Isso é patético. Com tantos talk-shows na TVI e outras tantas anedotas com que o nosso Ser se depara a cada paragem do Metro, essa falta de qualidade deve mesmo por cansaço dos maxilares.

Para terminar deixo uma pequena reflexão mais íntima: sejamos cada vez mais autênticos e pensar pela própria cabeça pois nem só o Curriculum Vitae conta... Aprendamos a esquecer o valor da Amizade pois senão não teríamos memória para tantos zeros (isto em €uros pois isto em dólares USD ainda seria mais dramático). E como uma sitação é uma boa forma de culminar um texto deixo-a em seguida acompanhada por uma músiquinha.
Carpe Diem!

"Não estarei destruindo meus inimigos quando os transformo em amigos?" Abraham Lincoln



5 comentários:

Ricardo disse...

Vá lá, haja bons gostos para esses lados :D

é bem que um gajo entre de pé direito no ano novo. que entre motivado, porque as coisas não vão estar fáceis.

Apoiar-se nos amigos é imperativo. Um grande abraço meu caro, e bom 2010 ;)

RAmaro disse...

Ora bem...deixa afastar as aranhas...limpar o pó....E Cá ESTAMOS! Já não escrevias aqui à bastante tempo senhor "inginheiro", mas as tuas frases são sempre sempre bem vindas à comunidade. E é verdade, mais um ano de trabalho, mais um ano cada vez mais velhote e mais um ano que queremos sempre que seja melhor do que o anterior.
Continua ai o bom trabalho e a gente vai-se vendo por ai (no trabalho...).
Abraço!
RA

Alexandre Sousa disse...

Convencer que a crise passou é no mínimo uma tarefa árdua, mas ter confiança é sempre possível!
Carpe diem! Há que ser inconsciente enquanto se pode :D

PS: Boa seleção musical :D

Ricardo Dias disse...

Excelente post! Não sabia que também tinhas um cantinho na blogosfera =p

Fico a aguardar pelos próximos posts!

E já agora, se quiseres podes passar pelo meu para dar uma vista de olhos (já não escrevo coisas filosóficas como este post há algum tempo, por isso vais ter de recuar no tempo lol)

Vá, um abraço.

Miguel Maia disse...

Se às 24horas retirares as 8 de trabalho, bem como as 7 de sono ainda te restam 9 horas, ou seja, quase 38% do dia para o tal bem-estar (creio que nem sequer as fantásticas viagens nos transportes públicos estás a equacionar como diversão…falha grave).
Quanto ao mui saudoso Salazar, essa frase lembra-me a “mui típica” falta de memória da lusa gente.
Bah…carpe diem… depois disto tudo ainda rematas com 1 carpe diem?! Como diria o outro “não havia necessidade”…