terça-feira, 7 de agosto de 2012

Degrau a degrau



Um novo despertar da minha criatividade escrita me trouxe até aqui neste dia. Desde já gostaria de pedir desculpa ao Sr. Blog porque parece que só lhe dou atenção de quando em vez e em termos mais profundos, isto é, quando estou necessitado de falar sem ter que ouvir em troca. Prometo que depois lhe pago uma francesinha e uma boa conversa para deixar os assuntos em dia, até porque mudou a sua aparência, e como costuma dizer-se "aparência" nova, vida nova!

Desde a última vez que cá dei as caras, algumas coisas tem acontecido de realmente relevante na minha vida. Há um post que recordo com especial atenção porque a partir desse momento algo em mim ficou diferente. E a convivência comigo tem-se traduzido entre outras coisas em algum conhecimento sobre aquilo que posso esperar de mim. Isto faz falta sobretudo nos momentos que parecem sair do meu controlo.

 As minhas prioridades sempre foram em primeiro a minha família e pessoas especiais (como alguns amigos e companheiros), a minha cidade (e meu berço) e só depois a carreira profissional, esta que nunca foi motivo de grandes sonhos e ambições. Mas cheguei a um ponto em que a motivação chegou em alta e os resultados começaram a aparecer, ponto este que me levou a, implicitamente, mudar as minhas preferências e objectivos. Considerei até uma carreira fora de portas: pensamento ténue mas que veio com algum sentido. Alguma segurança se apoderou do meu espírito até porque comecei a dar por garantido aqueles que até agora estiveram ao meu lado. Como se fosse assim tão simples... Surgiu então alguém que voltou a baralhar tudo aquilo que se tinha vindo a estruturar desde então, alguém que me fez querer mudar as prioridades e recolocá-las novamente no seu sítio, porque como sempre o meu grande sonho foi ser chefe de família.

Toda esta miscelânea de pensamentos que nem sequer sei qual o sentido que faz ao leitor, fez-me pensar o quê e quem é realmente representa motivação. Dúvida não resta (por enquanto) de que as pessoas e o meu berço são a minha base e assim querer que a minha vida se assente nestes pilares.

E quanto às pessoas? Usando palavras alheias citadas por alguém que merece todo o meu respeito "certeza no presente só mesmo de que um dia poderás contar contigo". Partilho a minha vida com inúmeras pessoas todos os dias mas partindo da certeza anteriormente citada, quero acreditar que todos os dias poderei contar com alguém para além de mim. Estruturando de forma puramente filosófica diria que quero ter pessoas num quarto degrau:

num primeiro degrau estão os amigos, ou seja, todos aqueles que são portadores da minha confiança e com quem eu me preocupo mas sei que de alguma forma são efemérides, passando e deixando a sua marca;

num segundo degrau estão aqueles amigos que além de confiança são pessoas que partilham comigo momentos e sentimentos, porque é necessário algo mais que confiança para haver esta partilha;

num terceiro degrau estão finalmente as pessoas que além de confiança e partilha, são pessoas que tem presença fundamental na minha vida, com um grande grau de intimidade, pessoas com quem preciso de estar e sentir a sua presença, uma espécie de voz da minha consciência, pessoas especiais;

o quarto e último degrau apenas acrescenta uma definição: uns são aqueles a quem considero irmãos que a vida me ofereceu, ao mesmo nível está a minha família (pais, padrinhos e irmão de sangue) e ainda um degrau igualmente nivelado, reservado para aquela que será a mulher da minha vida. Todas as pessoas que estão nesse 4º degrau partilham do mesmo sentimento: amor! Amor que apenas se diferencia na forma de o demonstrar...

Deixo para terminar uma pequena reflexão que cabe a cada um fazer: em que degrau estou nas vossas vidas? Em que degrau estão nas vidas de quem vos rodeia? O quê ou quem realmente interessa ter por perto?

"Nunca quero gostar de alguém a 100%. Tratarei de gostar a 99% e conquistar todos os dias o 1% que falta!"