sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pensamentos soltos

Após longa ausência deste meu cantinho onde me deixo afogar nos pensamentos e os transformo em algo legível (eu pelo menos tento que assim seja), cá estou de volta. E começo este post como gosto normalmente de os terminar: com uma citação, esta de Abraham Lincoln e que diz que “acções falam mais alto que as palavras”. Não poderia concordar mais. Embora porém não seja eu um exemplo de crença neste caso.
Os valores familiares têm sido constantemente postos à prova, sobretudo num tempo de afirmação das novas gerações e novas ideologias. Ainda assim há quem acredite que a família é uma parte essencial de suas vidas, antes e depois da formação da personalidade (ou então depois da independência financeira). Eu sou um desses! Facto é que, mesmo assim, não dedico o tempo merecido ao lar. E mesmo quando lá estou, isso não signifique presença "espiritual".
Outro facto é que, por imensos factores já tantas vezes inumerados em diversos estudos, a família serve como almofada para onde se grita e despeja um sem número de frustrações e chatices adquiridos fora de portas.
Algo que conduz a que a dedicação à família seja cada vez menor (não generalizando porque acredito que embora isto seja um fenómeno decorrente, o seja num número limitado de casos) é a segurança de que todos os seus elementos estarão sempre lá. Não há uma conquista diária pois estes já estão conquistados á partida. Erro grave! Tal como uma vez ouvi algures "difícil não é atingir o topo mas sim continuar lá!".
E todos aqueles que nos envolvem nas suas vidas, com mais ou menos sensibilidade associada, interpretam os nossos pequeninos actos, desde o "bom dia", passando pela atenção que se dá ao resumo do dia de trabalho ou até mesmo ao episódio da novela da noite pertinentemente descrita pelo elemento familiar com mais tempo livre, terminando na complexa realização de alguma tarefa que alguém nos incube.
"Dar-se" é um termo aparentemente simples e que todos nós o fazemos complicado. Quanto mais não seja para adquirirmos algum mérito com isso. E normalmente o desconhecido que queremos impressionar é quem lucra com a nossa empatia e fácil empreendedorismo. Esquecemos no entanto o simples gesto do abraço aos invisivéis (traduzindo: pessoas de quem dizemos amar mas que não precisamos de impressionar). Irónico? Chamo-lhe natureza do Ser Humano.

Dia do pai, da mãe, da namorada (no meu caso), da avó, do avô, dos padrinhos, do irmão, da amiga, do amigo,... é hoje mesmo. E será amanhã e todos os dias. Um pequenino gesto poderá fazer a diferença. Sobretudo porque enfrentaremos melhor o Mundo quando aqueles que amamos estão com um lindo sorriso na cara!

Termino com uma citação: "duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." Albert Einstein.